segunda-feira, 2 de junho de 2008

A E S C O L A (Paulo Freire)

Escola é... o lugar onde se faz amigos não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos... Escola é, sobretudo, gente, gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima. O diretor é gente, o coordenador, o professor é gente, o aluno é gente, cada funcionário é gente. E a escola será cada vez melhor na medida em que cada um se comporte como colega, amigo, irmão. Nada de ' ilha cercada de gente por todos os lados'. Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir que não tem amizade a ninguém. Nada de ser como o tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só. Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar, é também criar laços de amizade, é criar ambiente de camaradagem, é conviver, é de se 'amarrar nela'. Ora, é lógico... ser feliz (Paulo Freire)

domingo, 1 de junho de 2008

O que é cidadania - Gilberto Dimenstein

COLABORAÇÃO DA GRE METROPOLITANA NORTE COMISSÃO DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS, CIDADANIA E DIVERSIDADE (CEDHCD)Cidadania é o direito de ter uma idéia e poder expresá-la. É poder votar em quem quiser sem constrangimento. É processar um médico que cometa um erro. É devolver um produto estragado e receber o dinheiro de volta. É o direito de ser negro sem ser discriminado, de praticar uma religião sem ser perseguido.
Há detalhes que parecem insignificantes, mas revelam estágios de cidadania: respeitar-se o sinal vermelho no trânsito, não jogar papel na rua, não destruir telefones públicos. Por trás desse comportamento, está o respeito à coisa pública. O direito de ter direitos é uma conquista da humanidade. Da mesma forma que a anestesia, as vacinas, o computador, a máquina de lavar, a pasta de dente, o transplante do coração. Foi uma conquista dura, . Muita gente lutou e morreu para que tivéssemos o direito de votar. E outros batalharam para você votar aos dezesseis anos. Lutou-se pela idéia de que todos os homens merecem a liberdade e de que todos são iguais diante da lei. Pessoas deram a vida combatendo a concepção de que o rei tudo podia porque tinha poderes divinos e aos outros cabia obedecer. No século XVIII, a rebeldia a essa situação detonou a Revolução Francesa, um marco na história da liberdade do homem. No mesmo século surgiu um país fundado na idéia da liberdade individual: os Estados Unidos. Foi com esse projeto revolucionário que eles se tornaram independentes da Inglaterra. Desde então, os direitos foram se alargando, se aprimorando, e a escravidão foi abolida. Alguém consegue hoje imaginar um país defendendo a importância dos escravos para economia ? Mas esse argumento foi usado durante muito tempo no Brasil. Os donos da terra alegavam que, sem escravos, o país sofreria uma catástrofe. Eles se achavam no direito de bater e até matar os escravos que fugissem. Nessa época, o voto era um privilégio: só podia votar quem tivesse dinheiro. E para se candidatar a deputado, só com muita riqueza em terras. No mundo, trabalhadores ganharam direitos. Imagine que no século passado, na Europa, crianças chegavam a trabalhar até quinze horas por dia. E não tinham férias. As mulheres, relegadas a segundo plano, passaram a poder votar, símbolo máximo da cidadania. Até há pouco tempo, justificava-se abertamente o direito do marido de bater na mulher e até de matá-la. Em 1948, surgiu a Declaração Universal dos Direitos do Homem, aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU), ainda na emoção da vitória contra as forças totalitárias lideradas pelo nazismo, na Europa. Com essa declaração, solidificou-se a visão de que, além da liberdade de votar, de não ser perseguida suas convicções, o homem tinha direito a uma vida digna. É o direito ao bem estar. A onda dos direitos mudou a cara e o mapa do mundo neste final de milênio. Assistimos à derrocada dos regimes comunistas, com a extinção da União Soviética. Os países do Leste europeu converteram-se à democracia. Na África do Sul, desfez-se o regime de segregação racial. A América Latina, tão viciada em ditadores, viu surgir na década de 80 uma geração de presidentes eleitos democraticamente.
GRE METROPOLITANA NORTE COMISSÃO DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS, CIDADANIA E DIVERSIDADE (CEDHCD)

Esta foi a MANCHETE veiculada no site da Secretaria de Educação

"GRE Metropolitana Norte promove Fórum de Participação Cidadã"

Assessoria de Imprensa

"A Gerência Regional de Educação (GRE) Metropolitana Norte reúne cerca de 500 pessoas, entre gestores, professores, pais e estudantes no I Fórum de Fortalecimento da Participação Cidadã na Gestão Escolar na perspectiva dos Direitos Humanos, Cidadania e Diversidade. O encontro acontece neste sábado (30), das 8h às 17h, na Escola Áurea de Moura Cavalcanti, em Ouro Preto. Esse encontro é resultado de reuniões e palestras organizadas pela Comissão de Educação em Direitos Humanos, criada pela GRE Metropolitana Norte, em julho de 2007, para fomentar a discussão sobre DH nas 114 escolas da GRE, localizadas nas cidades de Olinda, Paulista, Igarassu, Itamaracá, Itapissuma, Abreu e Lima e Araçoiaba. O Fórum propõe o debate de sugestões de enfrentamento e combate à violência, ações de defesa dos princípios da cidadania e do respeito a diversidade, a democratização da gestão escolar, além de possibilitar intercâmbio de experiências pedagógicas com as comunidades escolares. “Vamos transformar as escolas, em espaços de diálogo e construção de práticas de cidadania”, explica o Sinésio Monteiro, gestor da GRE Metropolitana Norte.

Como proposta final, o Fórum deverá sugerir um conjunto de ações. Ações educacionais que expressem a diversidade das nossas comunidades escolares, o fortalecimento dos conselhos escolares e dos grêmios estudantis, o incentivo a realização de fóruns e redes de articulação, criação de mecanismos de participação e controle social sobre as decisões da política educacional. Ao final do evento será apresentada a Declaração de Princípios norteadores da gestão escolar para as escolas da GRE Metropolitana Norte."

E ESTA É A NOSSA MANCHETE A GRE Metropolitano Norte, sai na frente ao implementa, na perspectiva dos Direitos Humanos, Cidadania e Diversidade, para sua GENTE, o
"I FÓRUM DE FORTALECIMENTO DA PARTICIPAÇAO CIDADÃ E GESTÃO ESCOLAR". Parabéns a todos as pessoas, dos mais variados segmentos, que tiveram a oportunidade de participar desse momento ímpar na história dessa GRE, e em especial a toda comissão organizadora (Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Diversidade), que não mediu esforço para que o evento se transformasse nesse enorme sucesso. No Fórum, não tinha Técnico, nem Gestor, nem Professor, nem Pai, nem aluno, tinha muita gente, "só gente", todas com um objetivo, definir ações para serem implementadas em pró da melhoria das relações afetivas entre todos. Foi maravilhoso assistir ao envolvimento de todos os segmentos, indistintamente, com igual oportunidade de vez e voz, oferecendo contribuições, e apontando soluções para melhoria das relações e do fortalecimento dessa convivência democrática.