segunda-feira, 8 de junho de 2009

Caminhada Ecológica

Áreas remanescentes de floresta tropical são atrações cada vez mais procuradas pelos adeptos de trilhas e caminhadas quando o assunto é ecoturismo. No dia mundial dedicado ao Meio Ambiente, depois de participarem de várias atividades ecológicas durante a semana ( palestras, plantio de mudas, confecção de trabalhos, apresentação de vídeos,etc), os alunos do Argentina do Ensino Fundamental, participam de caminhada na Reserva Ecológica Carnijó, promovida pela Rede Globo de Televisão, através do Programa Amigos da Escola. A aula de campo não poderia ter sido melhor,oportunizando a todos a vivência pratica do que estão acostumados a vê nos livros. Agradecemos Rede Globo aos idealizadores do evento e em especial ao coordenadores dos Amigos da Escola, pelo belo presente que ofereceram aos nossos alunos.

Profª MARLENE A. LIMA
ALGUNS DADOS SOBRE A RESERVA
Nem só de frevo, mar e monumentos históricos vive o turismo de Pernambuco. O Estado ainda dispõe de remanescentes de Mata Atlântica preservados, a maioria em áreas particulares, mas que oferecem uma boa chance de contemplar um pouco do que foi destruído pelo homem em nome do desenvolvimento e do lucro. Um desses pontos é a reserva ecológica Carnijó, na Fazenda Santa Beatriz, município de Moreno, a 34 Km do Recife. Numa área de 135,5 hectares, 26 são de floresta nativa, com afluentes, uma vasta fauna e flora catalogadas e prontas para serem respeitosamente observadas pelos visitantes. A extensa área de mata, que recebeu do Ibama, em abril de 2001, o título de Reserva Particular do Patrimônio Natural, foi dividida em três. A maior delas, de 18 hectares, concentra as seis trilhas que podem ser percorridas com a ajuda de um guia. Os grupos de visitantes, que nunca são superiores a 15 pessoas - para evitar depredações e perturbação dos animais que vivem no local - recebem uma verdadeira aula de natureza. A lição começa logo após os primeiros oitenta metros, na entrada do parque, com exercícios de alongamento e relaxamento, que preparam estudantes e turistas para andar 1,6 Km de trilhas e entrar no clima da floresta. As regras para conhecer a reserva incluem não tocar nos animais, nem nas plantas e andar em fila indiana evitando falar muito alto. No caminho, um verdadeiro espetáculo que deixa o visitante extasiado. Uma grande diversidade de árvores, entre elas o ingá mambé, cujo fruto serve para fazer uma bebida equivalente ao café e um doce igual ao chocolate; e o murici, que tem uma fruta capaz de render um delicioso suco. Algumas estão em extinção. é o caso do visgueiro (de cor alaranjada, sua madeira é usada na confecção de caixotes e ataúdes) e do canudo de cachimbo, que, como o próprio nome indica, tem grande serventia para os fumantes. ANIMAIS - Banhada pelos rios Carnijó e Mangaré, a reserva dispõe de pequenas represas decoradas com as temperamentais ninféias, flores que só duram um único dia e se fecham todas as vezes que aumenta a incidência de sol sobre elas. A lista dos animais que matam a sede nesses mananciais não é pequena. Já foram vistos na mata tamanduás mirins, tatus, pacas, raposas, guarás, macacos, sagüis e até jacarés. Nada menos que cem tipos de pássaros também foram catalogados pelos Observadores de Aves de Pernambuco (OAP) no local, entre eles o carão , considerado raro. Nas trilhas, com nomes característicos, como Fura Barreira (em homenagem ao pássaro que faz seus ninhos em pequenos buracos na barreira), Formigueiro (que leva até um formigueiro com nada menos que 12 metros quadrados), uma carinhosa reverência a mais conhecida lenda da floresta: a Trilha Comadre Fulozinha. "Temos que pedir licença a ela para entrar", brinca o guia, Joelmir Antão, apontando resquícios de oferendas (um prato de papa e cachaça) deixadas próximas a um enorme cipó corrente, no alto do qual, segundo a lenda, a famosa entidade da mata reside. Os cipós, por sua vez, são um atrativo à parte no divertido passeio pela floresta. Mais de 11 tipos já foram encontrados na área. Os nomes são igualmente exóticos: maracujazim, cipó d'água, corrente, tripa de galinha, croapé, araquam, lagartixa e unha de gato. Para fechar com chave de ouro, o visitante é confrontado com a árvore favinha, no tronco da qual muita gente jura ouvir o barulho da seiva se movimentando, e o beijo de outras duas árvores comuns na mata, a jaguarana e a praiba. No retorno ao ponto de apoio do parque, além de sanitários e área para descanso, os visitantes encontram sucos e sanduíches naturais para um merecido lanche.

2 comentários:

@carlosfreitas disse...

como faço para fazer um evento nesse local?

@carlosfreitas disse...

meu email é cadudemetrio@hotmail.com