ATÉ QUANDO?

Texto: Vanderson Ferreira (aluno 3º Ano - Turma A)

Acho que esta é a pergunta de muitas pessoas que vivem e percebem a realidade que nos cerca neste momento. Olhamos pela janela dos ônibus, vemos as ruas repletas de desempregados e nos perguntamos: “até quando?”. Andamos um pouco e vemos nas calçadas, nos sinais de trânsitos, nas pontes e por todos os lugares muitas crianças abandonadas, muitas destas que é para estar na escola, entretanto, estão cheirando cola. Na televisão, na hora do café, do almoço e do jantar o que observamos é a violência que tem tomado conta das grandes periferias e escolas do nosso estado. Segundo o IBGE, Pernambuco é o segundo estado mais violento do Brasil. O título de primeiro lugar fica para o Rio de Janeiro. Mais até quando? Hoje já não se tem qualificação profissional. A nossa educação básica está ultrapassada; já não conseguimos garantir vagas de estágios. Por que Pernambuco, mais uma vez, conseguiu mostrar que sempre tem que sair na frente quando se fala em ser os piores? Nossos estudantes foram reprovados na sua maioria, no IDBE Nacional, ficamos com as piores médias. Mais até quando? Temos grandes hospitais, nos quais faltam médicos. Em conseqüência disso, pessoas morrem na fila de espera para serem atendidas. Mais até quando? Tudo isso pode mudar se começarmos a agir como cidadãos. Segundo Gilberto Dimenstein “Cidadania é o direito de ter uma idéia e poder expressá-la... É o direito de ter direitos”. Se é direito de todos ter uma educação pública e de qualidade, então lutemos por ela, pois só assim não ficaremos na fila dos desempregados no futuro. Se for o nosso direito andarmos na rua sem ter medo da violência, então vamos ás ruas, pacificamente por uma cidade de paz. Se for o nosso direito ter médico, hospitais com atendimento digno para cidadãos, então levantemos com força e coragem a bandeira da igualdade. Nada de preconceito, nada de racismo. Abaixo contra o enriquecimento e o empobrecimento exagerado. Chega de democracia de mentiras; cantem o Hino Nacional com a esperança de acabarmos com o que se diz “Ordem e Progresso”. Pois sabemos que nos últimos tempos só temos ordem para os pobres e progresso para os ricos. Somos brasileiros e não desistimos nunca. Mais até quando? Trabalho desenvolvido pelas turmas da Professora Maria José Wanderlei